Thursday, December 13, 2007
...hoje!
Thursday, August 23, 2007
VIRTUALISMOS...
Cada mulher desperta algo no poeta que a observa,
Que se confrange diante de expirações e inspirações,
Para aliviar-se com a calmaria de um silêncio...
Há uma destas meninas-distantes que se destaca,
Onde o platonismo romântico torna-se praticável:
Uma habitante de Macondo!
Foi nesta aldeia que a conheci...
Encontrei-a caminhando pelas ruas fantásticas desta cidade imaginária;
Em verdade a encontrei no nicho da internet.
Sim, ela é virtual.
Como adoraria ter a tua inspiração sempre por perto...
Em cada um dos nossos diálogos
(cercados por códigos binários)
Posso retirar inúmeros versos...
Imagina quantos pássaros de fogo não tiraria do teu olhar?...
Tuesday, June 19, 2007
TEORIAS...
- a leitura pela leitura, e nada mais!!! –
E ela diz, calmamente, com os olhos brilhantes:
- Estou extasiada... quando puder leia também!
E ela fica linda quando diz isso (e em quase tudo o que ela diz!)
- Vou procurar ler, para também extasiar-me...
E reflito (em conflito), como se fosse impossível a não-abstração:
“que atice a imaginação sem grandes pretensões...”
Da maneira como eram as primeiras leituras...
A Teoria tanto alimenta o intelecto quanto arruína os deslumbramentos...
E ela, estudante de psicologia, recebe a pergunta:
- Consegue ver o ser humano com os mesmos olhos inocentes de outrora?
Consigo eu ler um livro com a mesma ingenuidade (e como era bom!!!) de antigamente?
Teorias e mais teorias...
mas se não fossem elas, como seria?
Tuesday, May 29, 2007
UNIDUALIDADE
Em pensamentos:
sensações cosmogônicas invadem meu ser, me trazendo a sensação do infinitesimal... contato com o cosmos ou apenas um desvio para o que há de mais sublime na natureza humana? Unidualidades...Seria você???
E assim vamos seguindo
Ocultando desejos
Inventando leis e regras que nos inibem...
Uma forma de preservar-se à frustração?
Mas se a vida é tão dela...
Como partir para o princípio?
(preciso disso para justificar o final...)
É complicado estes desejos furtivos...
quero-te, mas apenas por agora!
Talvez por instantes mais, só não sei quantos mais...
E não me cobre isso!
Apenas me descubra, revelando meu corpo nu...
...aí podemos brincar sem roupa
como temos verdadeiramente vontade!
Por que ocultar esta certeza?
Ah, as leis e regras da sociedade...
mas existe sociedade entre quatro paredes?
Bom... vou indo. Me procura.
E retrucas:
- Mas como te encontrar? Não tenho teu endereço...
E re-retruco:
- Tens algo mais importante: tens meu apreço!
Isso já não basta?
=o silêncio que precede a entrega=
Tuesday, May 08, 2007
SUSPIROS...
Que nada mais é que o enlevo da nossa cumplicidade...
Me arrisco e insisto, com todo o meu carinho:
O suspiro...
no meu caso é um olhar perdido...
e uma vontade...
e um desejo e uma angústia...
e uma saudade
e duas vozes que não falam... mas se fazem entender
e se entendem como nenhuma outra voz ainda conseguiu...
e isso surpreende e encanta...
...
<<suspiro
Monday, March 26, 2007
HONESTIDADE
Ardil que dilacera;
Angústia que dissemina;
Manter-se fiel ao sonho
É o mesmo que se erguer entre macacos.
Fealdade do tempo;
Máscara da intempérie;
A lascívia da natureza eterna
Que não se transforma,
Que rege a psique e as inconseqüências;
Manter-se fiel ao sonho,
À fraca imaginação;
Ao lodo do imaginário;
Embuste descarado;
Amarga honestidade;
Fingir-me!
Flagrar-me!
Eis minha face à mostra:
A de um honesto derrotado
Por sua honestidade impotente.
Antes uma mentira,
Mas até ela seria honesta!
Wednesday, February 28, 2007
SONETO XI
Quando tudo se silencia,
Procuro a terna calmaria;
Nestas visões um pouco tardias,
Que se revelam em finais de dias.
O pôr-do-sol acontece,
E tudo em mim se estremece,
Tentando salvar um pecado
Que se revela inalterado.
O erro do minuto seguinte,
Quando o escuto por conseguinte,
Num relógio qualquer e abalado.
O instante nem sequer é alterado,
E mais um dia se vai desesperado
Sem nos ter enfim despertado.
Friday, January 19, 2007
DECIDIDAMENTE...
Cientificamente eu saberia responder,
Mas espiritualmente receio que não.
De onde vem esse líquido
Que sai de meus olhos e inunda minha boca?
O gosto salgado seria uma referência ao mar?
Um amontoado de perguntas pairando na alma,
E um peso terrível herdado em tão poucos anos...
Psicologicamente eu saberia responder,
Mas objetivamente receio que não.
De onde vem essa saudade de algo que nunca tive?
O que meu espírito deseja rompe minha realidade;
Em sonhos transbordo em ondas mornas,
Mas sou despertado pela frieza da rotineira certeza.
A sina que me fiz herdeiro me atormenta...
Filosoficamente eu saberia responder,
Mas sentimentalmente receio que não.
De onde vem essa solidão de idéias,
Esse dizer que ninguém entende?
As idéias pairam como sombras de vela,
Erguendo suas imperfeições e revelando mistérios,
Mas essa herança da incerteza me desconcerta...
Divinamente eu saberia responder,
Mas humanamente receio que não.
Naturalmente me afasto do religare,
E tombo abatido entre livros santos
Que nenhum conforto me traz...
Tateando no mundo obscuro do Eterno,
Percebo minha sina que herdei por ser humano...
Decididamente eu criei a minha herança,
E hoje partilho as dores da minha angústia
Com aqueles que me rodeiam.
Meus antepassados me delegaram buscas,
Que hoje deixam obscuras as minhas procuras.
Subjetivamente posso responder a mim mesmo,
Mas ainda não aprendi a fazer a pergunta correta...
O segredo da resposta está no que a antecede...
Tuesday, January 09, 2007
OBSERVAÇÃO MATUTINA
Friday, January 05, 2007
Mensagem de ANO NOVO - 2007 -
? ... 1980 - 1981 ... 2002-2003 . . . 2007... ?
A cada ano que se vai percebemos menos os caminhos que percorremos ao longo dessa trilhagem. "Tudo passou tão rápido", diz a maioria. Mas percorrendo novamente esses caminhos podemos verificar que foram várias as estradas que ladeamos; que foram muitas as pedras que descavamos; que muitos deslumbramentos nos encantaram ao horizonte... quantas essências fragmentadas não conseguimos captar; quantas vozes não ansiamos em ouvir; quantos sonhos não jazem perdidos pela falta de memória ao despertar... E de toda essa finitude posso afirmar que o tempo (esse velho gozador) nos fornece o material necessário para nos perdermos ou nos conduzirmos de forma precisa... Vimos tantos caminhos: alguns foram trilhados, outros deixados de lado. E querem saber de algo? Sabe o motivo de vermos sempre o tempo passando rápido e confuso? Por que o caminho que trilhamos acaba passando despercebido! Nos preocupamos demasiadamente nos caminhos que não estamos a trilhar... Aquela estrada que nos conduz é ofuscada pelo horizonte, pela pista ao lado; nos preocupamos em demasia com sonhos e formulações... ficamos tão acostumados a perguntar se estamos certos ou errados que não percebemos a evidência que se oculta nos detalhes, nos pequenos e fidedignos detalhes que estão à nossa frente... Os caminhos que não trilhamos nos incomodam e nos ofuscam demais. Vivamos nosso caminho real nesse novo ano. Vamos nos preocupar com nossa essência e compreender o caminho (não o caminho do lado, mas o NOSSO caminho).
É o que desejo a todos.
Feliz 2007 - SORTE E COMPETÊNCIA -