Monday, March 26, 2007

HONESTIDADE



Ardil que dilacera;
Angústia que dissemina;
Manter-se fiel ao sonho
É o mesmo que se erguer entre macacos.
Fealdade do tempo;
Máscara da intempérie;
A lascívia da natureza eterna
Que não se transforma,
Que rege a psique e as inconseqüências;
Manter-se fiel ao sonho,
À fraca imaginação;
Ao lodo do imaginário;
Embuste descarado;
Amarga honestidade;
Fingir-me!
Flagrar-me!
Eis minha face à mostra:
A de um honesto derrotado
Por sua honestidade impotente.
Antes uma mentira,
Mas até ela seria honesta!

1 comment:

Giovani Iemini said...

Hei, bacana, andré. é mais ou menos como eu me sinto e mais ou menos como se sente todo mundo da nossa geração. tínhamos que nos chamar de geração cara no chão.