Sunday, December 21, 2008


salta e plana

planta que desabrocha

abre em pétalas

e esconde os espinhos

lindos enlaces de perfume

e tenra morada

atiça o terreno

e envolve o mistério

da vertiginosa queda

salta e plana

cai no leito

desse rio que flui

que brota da nascente

de água mais límpida

pelo frescor abençoado

não há limites para o rio que corre

somos esse rio que volta ao mar

e que faz chover

e contorce a rocha

com singelo bater

acorde da natureza

que pinta a música

no vir a ser

e faz fissura

e deixa entrar

Salta

voa até o rio que corre

abaixo do precipício

vamos juntos navegar

pois eu

também sou flor que voa

4 comments:

Coração subterrâneo said...

Lindo!!!
Muito bom André...

joão m. jacinto & poemas said...

André, agradeço a sua mui amável visita e peço-lhe desculpa por não lhe ter respondido há mais tempo.
Felicito-o pelo seu blog e pela belíssima linguagem poética e criatividade.

Abraços poema,

jj

jj said...

Recebi de João Carlos Freitas o Prémio Dardos e atribuo-o a este blogue, como merecedor, também, de tal distinção.
Visite-me para saber mais pormenores sobre o prémio.


Abraços poema,

João Jacinto

Rosefly said...

Muita harmonia de imagem e texto...Gostei muito dessa maenira de saltar, de voar com asas imaginárias, mas tão soltas aos olhos da mente...
Gosta muito da maneira que vc escreve, que fala, que se porta no na tela que desenha com suas palavras..parabéns, mais uma vez, por tudo o que és como escritor, como pessoa, como ser humano...vc é muito..
Abraços
Rosefly