Tuesday, March 28, 2006

SONETO XXXIV




Tudo pode ser corrompido, quando regado à vinho e poesia... não existe a verdadeira pureza.

Nesta tua luz, mais bela que a aurora,
Me atormento com a credulidade do agora;
Pois tu me chamas, ereta e piedosa,
Se mostrando toda enfeitiçada e deleitosa.

Dos teus beijos quero o conforto;
Nas tuas mãos quero ficar absorto;
Das tuas palavras quero o acalento;
E no gozo quero me livrar do tormento.

Cubra-me de beijos, peço-te piedoso;
E vejo minha glória de olhar honroso:
És minha por minha força voraz.

Esta persuasão tenaz,
Que ultrajou teu estado de virgem amante,
Deixa-me duvidoso do amor dilacerante...

2 comments:

Rosefly said...

q coisa forte...
Rosefly

Rosefly said...

q coisa forte...
Rosefly