Wednesday, May 28, 2008

POEMA DE UM OLHAR PERDIDO


Ainda ontem
Quando te vi e ouvi
Encontrei – novamente – em mim mesmo
Aquele velho – porém – menino sentimento
E teu olhar – à distância – se dirigindo ao meu
Revelava o teu desejo visto – mas – não enxergado
E nesse abismo – de trinta centímetros – vertiginoso
Que nos separa
Do real e do possível [intercalando o (ir) e (im)]
Continuamos a sufocar nosso super-id
Negando o suor do perder-se em si
Para continuar espreitando – em distância – um só
Acreditando na impossibilidade – a um passo – do toque
Confiamos no não-querer e não no seu contrário
E com isso partimos para a realidade – que faz:
– suspirar e continuar e acentuar e tanger e aprender e esquecer e sufocar –
...
E pensar que ainda ontem
Tão perto e tão longe
estava eu – estava você – estávamos nós
simplesmente – e por auto-vontade – a sós

4 comments:

O mar me encanta completamente... said...

Que Poetar encantado André!
Romântico, suave e deleitante...
Seu cantinho é muito aconchegante e gostoso te ler
Parabéns.
Se me permitir continuarei te lendo.
Meu carinho.

Unknown said...

Esse poema, André, continua sendo o meu preferido!
En-canta-dor!!!
Poético
Frenético
Se...dutor...
Deleite total e pleno
- como todo poema tem de ser
e como todo ser humano tem de ser!
Bjk, Lu.

Unknown said...

olha eu adorei vc foi
muito profundo é um poema q nos traz a lembrança das coisas boas q ja vivemos
parabéns t++

Rosefly said...

Simplesmente por auto vontade e á sós...
Muito mais a sós, está o poeta que le nas entrelinhas da vida os desejos mais profundos de verdade e sentimento..quem dera fosse o vento, que viesse tocar teu rosto e fazer minha vontade, uma caricia de amor...
André gostei muito de seu poema, vc é realmente fantástico..
abraços
Rosefly